sexta-feira, 19 de novembro de 2010

O perito Computacional e sua conduta profissional


Reconstruir o passado, vasculhar indícios, apurar autoria de incidentes cometidos com a ajuda da tecnologia, a carreira na perícia digital amadurece a cada ano e com os crimes cometidos cada vez mais utilizando meios eletrônicos, é preciso se aprofundar nas técnicas obscuras utilizadas pelos criminosos digitais e entender como eles agem, mesmo que se seja necessário o contato de informações confidenciais.
O profissional na área forense, apesar de todo o seu conteúdo técnico, experiência, networking qualificado, precisa se preocupar com a sua conduta profissional nos meios da sociedade, pois esta, será determinante para a sua credibilidade. Um investigador forense não pode durante a perícia, ficar contando piada, chacotas, divulgando trabalhos forenses passados, informações estas, protegidas pelo sigilo profissional para as pessoas ao seu redor.
Os investigadores devem mostrar um nível ético incontestável, garantindo a sua integridade e demonstrando a sua capacidade para os trabalhos forenses. Deve-se atentar para sua integridade moral, promovendo a imagem de um profissional forense responsável, dedicado e que espera fazer o melhor possível em cada trabalho a ser desenvolvido.
Em cada caso, é salutar comentar as o caso em concreto com as pessoas ou partes envolvidas no caso, as quais devem ser informadas ou consultadas, para dirimir qualquer dúvida a respeito das informações acolhidas. Não se pode trocar informações por pura curiosidade de pessoas próximas ao investigado, nem divulgar os dados colhidos nos meios de comunicação sem a devida autorização das autoridades competentes, titulares dos casos de perícia.
Assim como um dos pilares da segurança da informação, a confidencialidade do perito forense é uma característica essencial que todo o trabalhador forense deve mostrar. Toda a informação obtida no caso, não pode ser divulgada e nem ter proveito próprio, mantendo o sigilo necessário e dessa forma, solidificando ainda mais a figura do investigador forense, um trabalho que merece respeito e dedicação.
Infelizmente, muitos técnicos de informática fazem cursos rápidos de perícia em computação forense ou somente leem um livro especializado no assunto e acreditam que já são peritos. A consequência dessa mentalidade é visivelmente notada no meio jurídico, onde os magistrados confiam na palavra do especialista , gerando laudos periciais superficiais, sem técnica e que são facilmente contestados por um bom advogado que possua sólidos conhecimentos de computação forense.
Atualmente, muitos incidentes de segurança estão relacionados à web, ou seja, das vulnerabilidades na web. Para tanto, profissionais de computação forense com bagagem em programação, penetration test e banco de dados possuem uma demanda muito grande para serviços de auditoria de log, análise de código fonte, etc. O perito ao fazer o seu trabalho, pode ter acesso à informações do cliente que são dados estratégicos da companhia, que uma vez divulgados na internet, acarretariam enormes consequências, como uma falência, por exemplo.
Contudo, o papel do especialista em computação forense tem se revestido de grande importância a cada dia, tornando-se um grande desafio para órgãos públicos e grandes corporações se cercarem de profissionais experientes e com conhecimento técnico adequado. Porém, devemos nos preocupar em fazer o trabalho de perícia forense respeitando as normas, procedimentos e acima de tudo: a ética profissional.


Fonte: http://www.tiespecialistas.com.br/2010/08/perito-em-computacao-forense-mantendo-uma-conduta-profissional/

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